Autor: Victor Lavalle
Ano de publicação: 2018
Nº de páginas: 194
Se vocês acompanham o blog e meu trabalho como autor, sabem que eu admiro bastante o trabalho de H. P. Lovecraft (mesmo, como pessoa, ele sendo um babaca racista e xenofóbico e, por vezes, até transmitindo isso em seus contos), e isso abriu minha mente para procurar cada vez mais trabalhos que envolvessem horror cósmico.
Se você não sabe o que é horror cósmico, confira esse vídeo sobre o tema:
E foi assim que conheci A Balada do Black Tom, publicado pela Editora Morro Branco. Já estava motivado para comprar o livro (horror cósmico + livro em capa dura da Morro Branco), mas a frase na capa frontal do livro foi fundamental:
Um tributo e uma crítica a Lovecraft.
A história se passa em Nova York, em meados dos anos 20, época do jazz e blues, mas também uma época bem racista para os Estados Unidos. Tommy Tester mora apenas com seu pai, já que sua mãe é falecida. Seu pai tocava violão muito bem, mas de forma amadora, e ganhava sua vida sendo pedreiro; sua mãe, por outro lado, era uma ótima pianista. Foi natural que Tommy desenvolvesse a vontade de seguir a carreira de músico.
Seu único problema era a falta de talento. Ele era ruim, bem ruim, mas isso não o impedia de zanzar por aí carregando um estojo de violão vazio, só para fazer média.
Com um emprego temporário, Tommy consegue comprar um violão. Passa a estudar com seu pai, e até melhora consideravelmente sua afinação. Num belo dia, ele estava no cemitério de uma igreja da cidade tocando seu violão (o que não significava que estava tocando bem), quando foi parado por um homem de meia-idade.
O homem branco (é bom lembrar) disse que daria uma festa em breve. Ele queria que Tommy tocasse na festa, e disse que pagaria muito bem. Você é um garoto negro e sem muitos recursos, vivendo numa época em que seu país não é nada amigável com negros. Um cara branco e rico diz que vai te dar muito dinheiro se você tocar na festa dele (mesmo você sabendo que não toca bem). O que você faz? Você aceita.
Foi o que Tommy fez.
Ele só não esperava que aquilo mudaria a vida dele para sempre.
Se vocês acompanham o blog e meu trabalho como autor, sabem que eu admiro bastante o trabalho de H. P. Lovecraft (mesmo, como pessoa, ele sendo um babaca racista e xenofóbico e, por vezes, até transmitindo isso em seus contos), e isso abriu minha mente para procurar cada vez mais trabalhos que envolvessem horror cósmico.
Se você não sabe o que é horror cósmico, confira esse vídeo sobre o tema:
E foi assim que conheci A Balada do Black Tom, publicado pela Editora Morro Branco. Já estava motivado para comprar o livro (horror cósmico + livro em capa dura da Morro Branco), mas a frase na capa frontal do livro foi fundamental:
Um tributo e uma crítica a Lovecraft.
A história se passa em Nova York, em meados dos anos 20, época do jazz e blues, mas também uma época bem racista para os Estados Unidos. Tommy Tester mora apenas com seu pai, já que sua mãe é falecida. Seu pai tocava violão muito bem, mas de forma amadora, e ganhava sua vida sendo pedreiro; sua mãe, por outro lado, era uma ótima pianista. Foi natural que Tommy desenvolvesse a vontade de seguir a carreira de músico.
Seu único problema era a falta de talento. Ele era ruim, bem ruim, mas isso não o impedia de zanzar por aí carregando um estojo de violão vazio, só para fazer média.
Com um emprego temporário, Tommy consegue comprar um violão. Passa a estudar com seu pai, e até melhora consideravelmente sua afinação. Num belo dia, ele estava no cemitério de uma igreja da cidade tocando seu violão (o que não significava que estava tocando bem), quando foi parado por um homem de meia-idade.
O homem branco (é bom lembrar) disse que daria uma festa em breve. Ele queria que Tommy tocasse na festa, e disse que pagaria muito bem. Você é um garoto negro e sem muitos recursos, vivendo numa época em que seu país não é nada amigável com negros. Um cara branco e rico diz que vai te dar muito dinheiro se você tocar na festa dele (mesmo você sabendo que não toca bem). O que você faz? Você aceita.
Foi o que Tommy fez.
Ele só não esperava que aquilo mudaria a vida dele para sempre.
O dia da festa finalmente chega. Tommy está empolgado, porém preocupado, já que seu pai está doente. A festa está cheia de gente, e ele toca tão mal quanto ele esperava que fosse tocar, mas ninguém parece se importar. Porém, o que vem a seguir é extremamente perturbador, e mudaria a vida do garoto para sempre.
Depois dos eventos da festa, somos direcionados ao terror cósmico de Lovecraft que tanto admiramos. Tommy agora prefere ser chamado de Black Tom, e nem de longe é aquele garoto que a gente conheceu no começo da história.
O livro é bem curto, e em momento algum a leitura se torna arrastada. O autor conta a história de maneira a nos deixar cada vez mais curiosos para saber o que diabos aconteceu na festa e por quê nosso querido Tommy mudou tanto. A edição da Morro Branco não deixa a desejar (como sempre). O livro é em capa dura, e a diagramação contribui ainda mais para uma leitura fluida.
E, se você quer mais um motivo para ler o livro, eu te dou: o livro é uma releitura de O Horror em Red Hook, um dos contos mais famosos - e polêmicos - de H. P. Lovecraft, exatamente por conter um teor racista muito alto. Esse conto, inclusive, está presente no final do livro. Porém, antes de apresentar o conto, há uma nota da editora, explicando o teor racista nele contido.
Se você é fã de Lovecraft, ou está procurando um livro para conhecer o Horror Cósmico, A Balada do Black Tom é um prato cheio pra você.
Nota:
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