13/12/2019

Crítica: Histórias Assustadoras Para Contar no Escuro



Ela chegou! Nossa amada sexta-feira 13 está entre nós, e Jason finalmente pode sair para trabalhar. Mas hoje não é uma sexta-feira 13 qualquer. É a última sexta-feira 13 da década, então eu precisava trazer algum conteúdo temático para vocês. E por que não o último filme de terror que eu assisti?

Histórias Assustadoras Para Contar no Escuro é uma adaptação de um livro homônimo. O título sugere que poderia ser uma antologia com várias histórias de terror individuais (tal qual o livro) mas, na verdade, são várias histórias numa única trama. Não se preocupem, vou explicar isso logo abaixo.
O filme chega numa boa época, já que 2019 não tiveram tantos lançamentos de peso no gênero de terror. Além do mais, o filme tinha uma carta na manga: Guillermo del Toro é produtor do filme, e isso é um trunfo a mais para atrair público.

O filme é sobre um grupo de amigos desajeitados (o clichê de sempre, que todo mundo conhece) numa noite de Halloween. Durante a noite, eles acabam conhecendo outro rapaz, e os quatro vão até uma mansão mal-assombrada. Lá, eles acabam encontrando um livro da filha do casal que morava ali. De acordo com a história local, a garota tinha problemas psiquiátricos e, naquele caderno, ela escrevia algumas histórias de terror.

As crianças levam o livro embora, e é aí que o negócio pega. Todas as histórias escritas ali, de alguma forma, viravam realidade. Não é explicado como (e isso é muito legal, já que deixa um gancho para uma possível continuação) mas, de alguma forma, todas as histórias escritas pela entidade naquele caderno realmente acontecem.

Beleza, é uma boa premissa. Mas o filme é bom?


Os livros foram escritos por volta dos anos 80, quando era febre histórias de terror envolvendo crianças, então não estranhe se notar algumas semelhanças com It - A Coisa. André Øvredal, o diretor do filme, fez um bom trabalho. Os famosos jumpscares estão presentes, sim, mas são previsíveis, o que não significa que o desenvolvimento do filme é ruim. Pelo contrário. As cenas são construídas aos poucos, principalmente as cenas de sustos. Nós sabemos que, ao fim da cena, algo vai dar ruim, mas o modo como tudo é apresentado nos deixa ansiosos pelo desfecho.

O que contribuiu bastante para o projeto foi o dedinho de Guillermo del Toro. O diretor, famoso por O Labirinto do Fauno e A Forma da Água (dentre muitos outros) ajudou a escrever o roteiro. O trabalho do diretor também é visível no design das criaturas.

As criaturas, inclusive, são outro ponto alto do filme. Não pense que o gore será explorado, mas as criaturas são incríveis o bastante para, no mínimo, te impressionar. Principalmente o bicho contorcionista, que poderia facilmente ser antagonista solo de um filme. Ele, como um todo, é um ótimo vilão, e faz com que a gente realmente se preocupe com os personagens quando ele aparece em tela.

Os atores entregaram um bom trabalho, alguns um pouco mais limitados do que outros, é verdade. Porém, alguns personagens poderiam ter sido um pouco mais desenvolvidos. Por mais que fosse um filme focado nas crianças, os adultos podiam ter um pouco mais de destaque, para não parecer que as crianças não têm pais que se preocupam quando elas vão pra outra cidade ou passam o dia todo fora.

No geral, Histórias Assustadoras Para Contar no Escuro é um filme muito bom. Ele possui um terror um pouco mais light, o que não faz dele um filme ruim. Não espere ficar assustado por dias ou não conseguir dormir à noite por causa do filme, pois não é essa a proposta. Ele se propõe a mostrar lendas e histórias assustadoras para crianças (e até alguns temas sociais), e vai muito bem em sua proposta.

Se você procura um bom filme, que te impressione e te divirta ao mesmo tempo, Histórias Assustadoras Para Contar no Escuro é exatamente o que você procura. Lembrando que o filme está disponível no catálogo da Amazon Prime Video.

Nota:


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