25/04/2017

[Resenha] O Bazar dos Sonhos Ruins

Finalmente! Demorou, mas estou aqui, resenhando esse livrão lindo.
Quem acompanha o blog, sabe que estou louco por esse livro, desde que sua publicação foi anunciada aqui no Brasil. Corri atrás, adquiri meu exemplar na pré-venda e, inclusive, adquiri mais um e sorteei aqui no blog. Como eu disse, demorou, mas valeu a pena esperara cada segundo até a última página.
Por que eu estava tão ansioso? Bom, Stephen King é meu autor favorito, e sim, me inspiro nele como autor. Entretanto, ainda não tinha lido nenhuma coletânea dele. Até agora.
De fato, King é o mestre do terror, até mesmo em histórias pequenas. Não importa se você lhe dá 5 ou 50, ou até mesmo 1102 (número de páginas de It), ele vai conseguir te amedrontar. Se lhe der um clipe de papel e um chiclete, ele os transformará em vilões de suas histórias.

O Bazar dos Sonhos Ruins possui vinte contos. Alguns maiores do que outros, alguns melhores do que outros. Alguns extremamente surpreendentes. mesmo em sua simplicidade, e é isso que me faz gostar tanto da escrita de King. Ela não é arrastada, e em momento algum os contos se tornam chatos ou cansativos de se ler. Ele atrai a atenção dos leitores, seja falando de um deserto ou de uma flor. Cada personagem tem sua particularidade e, de acordo com as escolhas, nós, os leitores, nos imaginamos na pele do personagem. Além do mais, O Bazar dos Sonhos Ruins é um livro único pois, antes de cada conto, King nos dá um breve resumo de como surgiu a ideia para aquela história. Mesmo que gentilmente, ele dá conselhos para autores.

Alguns contos foram, de certa forma, medianos, mas alguns deles não foram nada menos do que excelentes, e vou citar três deles aqui, os quais, sem dúvida, tornaram-se meus contos favoritos.



Garotinho Malvado

George está preso e foi condenado à morte por ter assassinado um garotinho com tiros à queima-roupa. Em sua última conversa com seu advogado, ele lhe conta como conheceu o garotinho, e por quê ele o matou. Já teve um irmão caçula? Esse garotinho é pior do que cinco irmãos caçulas. E há mais motivos para George tê-lo matado. 
Eis a questão. O que teríamos feito no lugar de George?


Ur

Wesley, um professor de inglês, decide, após muitos conselhos e perdas, render-se à leitura de livros digitais e adquire um Kindle rosa, quando todos só tinham Kindles brancos. Numa função especial (leia-se secreta) de seu Kindle, ele procura por livros de seu autor favorito, e acaba encontrando livros com o nome do autor, mas que era impossível de tal autor tê-lo escrito. Um exemplo. O autor morreu em 1959 e ele encontrou um livro escrito (escrito, não publicado) em 1972, e ninguém nunca nem ao menos tinha ouvido falar de tal livro. 
Wes descobre algo maravilhoso (o qual não vou contar, pois é spoiler), mas também assustador. Tal coisa é poderosa demais para cair nas mãos erradas.

OLHA O SPOILER! Se não quiser saber do que se trata, não selecione o que está escrito no obs. abaixo:
Obs: o conto tem conexão com A Torre Negra.


Obituários

Mike é um jornalista recém-formado, que está em busca de emprego (como todos os recém-formados). Acaba encontrando vaga no portal online Neon Circus (algo como o falecido Ego aqui no Brasil). Ao mesmo tempo, ele descobre um "dom" inimaginável. Ao escrever o obituário de alguém ainda vivo, a pessoa morre. É, exatamente. O cara escreve sobre a sua morte e você morre. 
Durante o conto, tal "dom" acaba tornando-se um vício, e nosso personagem acaba tornando-se viciado em escrever obituários. Mal sabia ele que esse "dom" era, na verdade, uma maldição.


Nota do livro:



Nota dos contos acima citados: 


É, uma nota dupla. Como eu disse, alguns contos são medianos, mas os contos citados acima - e alguns outros, como A Duna - são excelentes. Se você nunca leu nada de Stephen King, O Bazar dos Sonhos Ruins é um excelente ponto de partida.

Se gostou da resenha, comente e compartilhe com os amiguinhos, para que eles também possam ver. Fazendo isso, vocês colaboram para o crescimento do blog.

Obs: Nunca se esqueça. No jornalismo, é sempre o final por enquanto, e, na vida real, o único ponto final é a página de um obituário.




2 comentários:

  1. Eita, eu adoreia resenha, como sempre está ótima! E vou querer ler esse livro kkk ♡

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ah, muito obrigado haha :3
      Quando possível, leia sim. Tu vai adorar. King é King <3

      Excluir

Siga-nos no Instagram @dicasdojess