12/09/2016

[Resenha] Millennium - Os Homens Que Não Amavam as Mulheres

Hey, gente. Tudo bem com vocês?

Acho que nunca fiquei tão viciado numa história como fiquei com Millennium - Os Homens Que Não Amavam as Mulheres. Sou apaixonado por romances policiais e, após tanto ouvir falar sobre a trilogia (que não é mais trilogia), decidi que era hora de dar uma chance.
Foi a melhor decisão que eu poderia tomar!
Stieg Larsson foi um renomado jornalista sueco, e a trilogia Millennium foi sua cereja do bolo. Em pouco tempo, os livros venderam como água, e logo adaptações cinematográficas surgiram. Infelizmente, Larsson não viveu o bastante para ver o sucesso de seus livros. O autor morreu em 2004, aos 54 anos, vítima de um infarto.
O primeiro livro da trilogia Millennium é Os Homens Que Não Amavam as Mulheres. Nele, somos apresentados ao jornalista Mikael Blomkvist e, bom, Mikael não está vivendo o melhor momento de sua vida. Tem um relacionamento um tanto complicado com Erika, sua parceira na revista Millennium, que corre risco de falência. Como se não bastasse, Mikael foi condenado a três meses de prisão, por ter difamado publicamente um homem com grande influência financeira.

Nesse meio tempo, conhecemos Dragan Armanskij, diretor da Milton Security, uma das empresas de segurança mais respeitadas da Suécia. Também somos apresentados à Lisbeth Salander, uma jovem de 24 anos que prefere viver em seu próprio mundo a entrar em contato com um ser humano por mais de sete minutos - exceto se for um parceiro sexual. Lisbeth é uma hacker e, acredite, ela é excelente no que faz.
Num dia em questão, Mikael recebe uma ligação do advogado Dirch Frode, dizendo que seu cliente, Henrik Vanger, deseja vê-lo. O jornalista pensa em recusar, mas decide aceitar o convite e fazer a visita, uma vez que Henrik era um homem muito importante. Quando mais novo, fora diretor do Grupo Vanger, uma empresa de família que tem uma enorme influência no mercado sueco. Chegando lá, ele encontra um velho Henrik, com um trabalho a oferecer. Dois, na verdade. Primeiro, ele quer que Mikael escreva uma biografia sobre a família Vanger, trazendo a público todas as coisas boas e ruins que a família já fez ao longo dos anos. Entretanto, esse primeiro trabalho é apenas parte do que Blomkvist realmente terá de fazer. Henrik quer que Mikael investigue o desaparecimento de Harriet Vanger, sua sobrinha, que desapareceu misteriosamente há quase quarenta anos.
No dia em questão, havia uma grande festa de família na ilha onde alguns membros da família Vanger residiam. Um acidente aconteceu na ponte que ligava a ilha à cidade. Um caminhão tombou, e a ponte ficou interditada pelas 24h seguintes. Alguns membros da família Vanger estavam na ponte, e só na hora do jantar foi que perceberam a ausência da jovem Harriet que, na época, tinha apenas dezesseis anos. Henrik amava a sobrinha, e gastou todo o dinheiro que podia para encontrá-la. Realizou várias buscas, mas não obteve resultados. As buscas foram encerradas, e Henrik dedicou os anos seguintes de sua vida a buscar Harriet, mas também não conseguiu. Na verdade, não se podia afirmar a morte da garota, mas, para Henrik, era a única possibilidade possível. Havia quatro possibilidades de acontecimentos:
1º Ela poderia ter fugido, mas isso não fazia sentido, uma vez que ela era uma jovem que pertencia à uma família rica e vivia num ambiente protegido. Era improvável que ela vivesse por tanto tempo se escondendo. Caso conseguisse um emprego, precisaria de documentos e endereço, e seria descoberta;
2º A garota pode ter sofrido um acidente;
3º Ela poderia ter se suicidado, mas o corpo teria sido encontrado;
4º Foi assassinada a sangue frio.

Henrik explica a Mikael tudo o que conseguiu reuniu sobre o desaparecimento da sobrinha. Mikael, por sua vez, está decidido a não aceitar o pedido, por pensar que a investigação não dará em nada. Entretanto, Henrik promete ao jornalista que o ajudará a tirar sua revista da lama e torná-la importante novamente.




Mikael muda-se para a ilha de Hedeb, com o intuito de ficar um ano por lá, como foi definido no contrato com Henrik. Ao final desse ano, Henrik prometeu que lhe daria tudo o que ele precisava saber sobre Hans-Erik Wennerström, o cara que Mikael havia difamado. No começo, Mikael não encontrou nada de muito diferente nos arquivos que Henrik havia lhe dado. Demorou um pouco - muito -, mas, de fato, após todos esses anos, Mikael Blomkvist acaba encontrando uma pista que nem mesmo Henrik Vanger havia encontrado.
Cada vez mais mergulhado na investigação, Blomkvist percebe que não pode fazer esse trabalho sozinho, e é aí que ele é apresentado à Lisbeth. Mas não espere que esse encontro aconteça logo. Eles não vão se conhecer antes da segunda metade da história. Demora bastante, mas vale muito a pena, pois o jornalista e a hacker formam uma dupla imbatível. Mesmo com seus próprios problemas pessoais, um aprende a confiar no outro. Cada um à sua maneira, mas confiam. Eles começam a cavar cada vez mais fundo, e acabam descobrindo que o desaparecimento de Harriet não foi um caso isolado, e que eles estão mais ferrados do que imaginavam.

Os Homens Que Não Amavam as Mulheres consegue ser tudo e mais um pouco. Ele nos entrega tramas políticas, familiares, amorosas, sociais e muito mais. Stieg Larsson nos entrega uma história densa, com personagens bem desenvolvidos e nos mostra que, mesmo com todos os problemas possíveis, ainda há uma luz no fim do túnel. Todo mundo possui problemas, claro. Entretanto, por causa de alguns problemas, acabamos perdendo a confiança em algumas pessoas. O livro nos mostra que mesmo aqueles em quem confiamos podem nos trair, mas também nos mostra que a mais improvável das pessoas pode se tornar a melhor aliada. Esse é provavelmente o melhor livro que já li, e olha que já li livro pra caramba. É do tipo de livro que você simplesmente não consegue largar. Já maratonou uma série? Eu maratonei esse livro, lendo quase 300 páginas num único dia (ele possui 522). Ele é a cereja do bolo dos romances policiais, e sim, merece toda essa fama que tem. Precisei ler o livro para ter certeza disso e, como eu disse, foi uma das melhores decisões que tomei.

Nota:




6 comentários:

  1. Jess eu nunca tive vontade de ler a obra, até assisti o filme americano e quero assistir a trilogia sueca, mas, o livro não me instigou por serem três livros enormes (falou aquela que não lê livros enormes só lê livros tipo a tormenta das espadas hahahaha)enfim... Muito Bad o autor morrer antes de todo o sucesso, mas, acontece com os melhores gênios, pq não aconteceriam com os mortais não é mesmo?

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    1. É, os livros são meio gigantes mesmo. Mas vai por mim, vale a pena cada página. A história é maravilhosa *--*

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  2. Para tudo! Vc é malvado, aguçando munha curiosidade assim rsrs(a listinha está ainda mais lotada por sua culpa, viu?!?) =D Obgda por issooooo!!
    Bjks....
    Érica

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    1. Não é por mal haha É que o livro é realmente impressionante :3

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  3. depois de ler essa resenha, a vontade de ler esse livro é enorme!

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