Entrevista: Robson Gundim

Fazia um tempinho que eu não entrevistava nenhum autor aqui no blog, então precisava voltar com chave de ouro. Precisava ser um autor de peso, e foi o que consegui.

O entrevistado de hoje é Robson Gundim!

Confiram a resenha de Enquanto Eles Não Vêm

Qual foi seu primeiro contato com a literatura? Quando percebeu que você também queria contar histórias?

Começou com as obrigações escolares (graças a Deus!). O que era um dever de casa transformou-se em uma série de aventuras, e me sinto iluminado por isso. Meu primeiro contato com a literatura começou com os livros nacionais. Eu era vidrado na coleção vaga-lume e me amarrava nos livros ilustrados da série, o que impulsionou a minha criatividade. Foi nesse período que comecei a desenhar e ilustrar os meus personagens também.

Você já comentou que admira / se inspira nos trabalhos de Tarantino e H. P. Lovecraft. Há mais alguém que influencia seus trabalhos?

Além do Tarantino e do Lovecraft, amo os livros da Agatha Christie e de alguns autores nacionais clássicos que me passavam um pouco do clima das novelas pulp, a exemplo do Marcos Rey, Francisco Marins e dentre outros que marcaram a coleção vaga-lume. Também sou bastante influenciado pelo cinema, quadrinhos e jogos de vídeo game.

Ainda falando de Tarantino, você escreveu Sacanas do Asfalto. Porém, seu trabalho mais conhecido é Enquanto Eles Não Vêm (ou Verdinho, para os mais íntimos). A princípio, você publicou-o apenas em e-book. Hoje, ele tem uma versão física e sempre figura em listas de melhores livros nacionais de terror. Qual a sensação de ver seu trabalho sendo reconhecido dessa forma?

É uma sensação muito positiva, pois o verdinho é de fato o meu primeiro trabalho de suspense/terror, e sempre quis homenagear os meus escritores preferidos do gênero através de uma obra como essa. Enquanto Eles Não Vêm é um projeto especial por diversos motivos, mas o mais importante de todos é a sua carga nostálgica; há muito da minha infância nesse livro, a exemplo das referências literárias, a filmes e jogos de survival horror (que sou apaixonado!). Saber que tem uma galera abraçando esse trabalho só me faz acreditar que estou no caminho certo, e que continuar escrevendo e aprendendo vale muito a pena.

Quem escreve muito, também lê muito. Quais são seus livros favoritos?

Vou fazer uma lista dos livros que mais me marcaram, sem ordem de preferência: O Menino no Espelho, Sozinha no Mundo, Buffalo Bill, A Ilha do Tesouro, Alex Rider contra Stormbreaker, Drácula, As Ondas, Grande Sertão: Veredas, A Casa do Penhasco, O Caso dos Dez Negrinhos, Entrevista com o Vampiro, O Último dos Moicanos, A Sombra de Innsmouth, Um Sussurro nas Trevas, O Rei de Amarelo, Tarzan dos Macacos, Battle Royale, O Cemitério, A Ilha Misteriosa...

Se pudesse escrever sobre um gênero que não fosse o terror, qual você escolheria? Por que?

Eu sempre digo que não sigo um único gênero. Já escrevi uma saga de aventura envolvendo piratas, um romance épico, um suspense policial e até um drama musical. Atualmente, estou trabalhando na sequência do Enquanto Eles Não Vêm e em um projeto super inédito envolvendo gângsteres e artes marciais! O melhor da literatura é viver em um mundo sem limites. Acho que escrevo de tudo... mas sem me afastar da minha marca.

Na Bienal do Livro, você assinou contrato para mais uma publicação. Pode nos contar um pouco mais sobre o projeto, ou ainda é segredo de Estado?

Não é mais segredo! Fechei a publicação da sequência do nosso verdinho, Enquanto Eles Não Vêm! Será um livro que não segue uma ordem cronológica; um spin-off que expandirá aquele universo e nos dará algumas informações sobre os mistérios abordados no primeiro volume. O subtítulo será revelado em breve, assim como a capa e alguns detalhes da diagramação. O material será tão imersivo quanto o primeiro, e não vejo a hora de divulgar tudo!

É REAL, GALERA! TEREMOS MAIS UM LIVRO DE ENQUANTO ELES NÃO VÊM!

Gostaram da entrevista? Qual autor/autora vocês gostariam de ver por aqui?

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