15/06/2019

Crítica: Chernobyl


Com o fim de Game of Thrones, todo mundo achou que a HBO ficaria um tanto quanto carente de séries (o que não é verdade, já que séries como Sharp Objects, Big Little Lies e até mesmo True Detective vão muito bem, obrigado). Felizmente, estávamos errados.

Você pode até não conhecer tão bem o caso, mas com certeza já ouviu falar de Chernobyl. Se quiser conhecer um pouco mais, confira esse post que fiz sobre o assunto.


Eu sempre fui muito curioso sobre o que aconteceu em Chernobyl, por isso fiz o post acima. Quando soube que a HBO estava produzindo uma minissérie sobre o tema, eu fiquei muito ansioso. Foi tudo uma grande surpresa, porque ninguém esperava que ela estivesse sendo produzida, e porque o resultado final é impressionante. A HBO não fez marketing algum da série. Foi tudo no boca-a-boca mesmo. E deu certo. Quem já assistiu, simplesmente amou.


A primeira surpresa é saber que o roteirista da série é Craig Mazin (conhecido por Se Beber, Não Case, Todo Mundo em Pânico 3, O Caçador e a Rainha do Gelo, todos com péssimas avaliações de crítica). Não sei quanto Craig se entregou aos seus projetos antigos, mas, em Chernobyl, ele se entrega de corpo e alma. A pesquisa que ele realizou foi minuciosa. Me fez viver e lembrar tudo aquilo que eu descobri quando realizei a pesquisa, e fizeram isso com perfeição. Tudo é detalhista ao extremo, desde horários até placas de carro de Kiev. Pra nós, é só mais uma placa de carro. Porém, para quem mora lá, sabe que até nisso eles foram fieis.



Mesmo sendo absurdamente incrível, a ambientação é algo a parte. O verdadeiro destaque fica para as atuações. Stellan Skarsgård interpreta Boris Shcherbina, vice-presidente do Conselho de Ministros; Jared Harris interpreta Valery Legasov, membro da Academia de Ciências da URSS; Emily Watson interpreta Ulana Khomyuk, física nuclear. Há vários outros personagens importantes, claro, mas esse trio se destaca entre os demais. A química entre Legasov e Shcerbina é admirável.

O timing da série não decepciona. São cinco episódios de aproximadamente uma hora cada, e em nenhum momento a história fica arrastada. Cada momento é devidamente apresentado. Vemos a explosão logo de cara. Vemos o medo da população. Vemos o medo do governo em tentar resolver tudo e, ao mesmo tempo, esconder da mídia a gravidade da situação.

Deixo um alento especial para a maquiagem da série. Confiram as imagens abaixo:

Jared Harris / Valery Legasov

Jessie Buckley / Lyudmila Ignatenko

Stellan Skarsgård / Boris Shcherbina
Sam Troughton / Aleksandr Akimov

David Dencik / Mikhail Gorbachev
E esses são só alguns exemplos.



Sim, a série é curta mesmo, e não haverá uma segunda temporada (já confirmada pelo diretor). Porém, seu nível de qualidade é altíssimo, mas já garantiu seu lugar no coração dos fãs, além de abrir espaço para produções baseadas em fatos reais. Não que não haja material desse tipo, mas há espaço para realmente fazer algo bom, sem alterar quase nada do material fonte.

Nota:


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