É, essa é a última resenha do ano. Mas não se preocupem. 2017 está chegando, e vai ter bem mais resenhas. Se preparem.
O Ano em que Te Conheci foi um livro que me pegou de jeito, pois eu não o conhecia até a editora Novo Conceito enviar-me uma prévia do livro, a qual eu resenhei e você pode ler aqui. Eu nunca tinha lido nada da Cecelia Ahern, nem mesmo Simplesmente Acontece, mas tive um faniquito ao saber que a autora mora em Dublin (para quem não sabe, já morei lá). Não sosseguei até conseguir o livro.
E CONSEGUI!
E AMEI!
O livro fala da querida Jasmine, alguém que lida com startups, e é demitida de sua própria empresa, por seu próprio amigo. Poxa, cara. Como se não bastasse, ele lhe dá uma licença de um ano, ou seja, ela continuará sendo paga, mas não poderá trabalhar durante um ano. Ele a demitiu, mas não quer que ela trabalhe para a concorrência.
Os dois primeiros meses são tranquilos, e ela até arruma algo bacana para fazer: ser uma stalker. Quem ela stalkeia? Matt Marshall, seu vizinho de frente, que apresenta um programa de rádio. É o melhor hobbie do mundo? Claro que não. E ela o odeia. Ela odeia Matt com todas as forças possíveis. Só não sabe o motivo.
Noite após noite, lá está ela, em sua janela, observando ele chegar em casa, bêbado. Até um determinado dia. Matt também ganha uma licença de seu trabalho, mas é por um motivo bem mais peculiar. Como se não estivesse tudo ferrado, sua esposa vai embora, levando seus filhos juntos. Por ironia do destino, um simples acontecimento coloca a vida de Matt e Jasmine no mesmo caminho. No começo, como esperado, eles não se suportam. Porém, com o tempo, acabam se entendendo, e uma amizade realmente bonita surge ali.
As subtramas também atraem bastante. Jasmine tem uma irmã um ano mais velha do que ela, Heather, que é portadora de Síndrome de Down. Depois que a mãe delas partiu, Jasmine se viu na obrigação de cuidar da irmã, mas acaba percebendo que Heather tem uma vida muito mais intensa e organizada do que ela. Três trabalhos não-fixos, conheceu um rapaz que também é portador de Síndrome de Down, e os dois estão se dando muito bem.
O livro se passa durante um ano. Jasmine narra o livro diretamente para Matt, mas você se acostuma com isso. Um exemplo.
- Olá - digo.
- Olá - você responde.
O tempo passa, e várias amizades são feitas. Ela conhece o dr. Jameson, vizinho dela e de Matt, mas com quem ela não conversava. Ela se arrepende de nunca ter conversado com ele, pois o mesmo era um senhor super simpático. Durante o período em que o livro se passa, Jasmine resolve procurar algo para fazer, e decide organizar todo o seu jardim, lembrando-se de seu avô, que era apaixonado por jardinagem (daí seu nome). A amizade entre Jasmine e Matt se desenvolve num nível inexplicável. Sabe quando entra um aluno novo na sua sala e, em pouco tempo, vocês já estão passando o intervalo juntos e a professora manda vocês pra diretoria porque não param de falar? A amizade é nesse nível.
A Ano em que Te Conheci é um livro lindo, engraçado e dramático. Todos os personagens têm seus problemas pessoais, mas nossa querida Jasmine se supera. Desconfia de Heather, quando mais deveria dar-lhe espaço, mente algumas vezes e acaba decepcionando as pessoas ao seu redor. Fala também sobre preconceitos, e sobre aceitação. Ninguém é perfeito. Você mesmo, leitor. Às vezes, sente vontade de dar uma paulada naquele seu amigo que só faz merda e depois vem chorar no seu colo, mesmo você tendo avisado que daria merda. Ele só faz coisa errada, mas você o ama. Isso é amor. Isso é uma verdadeira amizade. Como se não bastasse, descreve com perfeição cada detalhe que posso me lembrar da Irlanda.
Obs: O livro tem algumas "regionalidades", algumas expressões brasileiras e que colocaram na tradução. Isso foi ruim? Claro que não! Foi divertidíssimo ver Jasmine dizendo faniquito e pá.
Faniquito: Dar um piti, ficar revoltado com algo.
Pá: Reviravolta. O jogo estava super calmo, então pá! Gol da Alemanha!
Eu mesmo costumo usar pá, mas faz algum tempo que venho usando xablau. É bem mais maneiro.
Todos nós temos momentos marcantes em nossas vidas, períodos que influenciaram mudanças pequenas ou profundas dentro de nós. Posso pensar em quatro momentos transformadores para mim: o ano em que nasci, o ano em que soube que ia morrer, o ano em que minha mãe morreu e agora tenho um novo, o ano em que te conheci.
Nota:
Essa capa é muito amor, e a resenha ficou muito boa ♡
ResponderExcluirÉ aquele tipo de capa fofinha que você faz questão de ter na estante!
ExcluirObrigado :3
A personagem do livro parece eu stalkeiando o crush hahah ótima resenha! Feliz 2017.
ResponderExcluirrobertawalkerr.blogspot.com.br
Quem nunca stalkeou o crush? Haha
ExcluirObrigado :3
Feliz 2017 pra tu também!