13/09/2019

Resenha: A Zona Morta



Ficha técnica:

A Zona Morta
Autor: Stephen King
Ano de publicação: 2017
Nº de páginas: 480

O que você faria se, com apenas um toque, pudesse saber o passado, presente e futuro de uma pessoa? Poderia saber se ela já sofreu acidentes, cometeu crimes ou até mesmo se é infiel (ou se alguma dessas coisas acontecerá num futuro próximo). Essa é a interessante - e assustadora - premissa de A Zona Morta, um dos primeiros livros de Stephen King.




John Smith tem uma boa vida. Um jovem professor que tem uma namorada que o ama e pais que o amam igualmente, mas vê todos os seus sonhos serem destruídos quando sofre um acidente de carro e entra em coma.

John só acordaria quatro anos e meio depois, quando ninguém mais botava fé de que ele acordaria. Claro, 54 meses não são 54 horas, e muita coisa mudou. Sua mãe tornou-se uma fanática religiosa, Sarah - a mulher que ele tanto amava - casou-se e tem um filho e, como se não pudesse piorar, agora ele tem poderes. De alguma forma, o acidente fez com que John Smith pudesse descobrir o passado, presente e futuro de uma pessoa, só de tocá-la.

A mídia considerava isso um dom, enquanto John considera uma terrível maldição, afinal, sempre seria possível saber muito mais que o necessário sobre uma pessoa. E é melhor que algumas informações fiquem simplesmente enterradas.



A trama é bem contada, sem pressa alguma. Claro, estamos tão perdidos quanto Johnny, mas igualmente dispostos a descobrir o que aconteceu em quase cinco anos - e quais as extensões de seus poderes. A mídia não pega leve, lógico, e acompanhamos John e sua jornada para lidar com a fama repentina e indesejada.

Diariamente, ele recebe vários pacotes: fãs que querem saber mais sobre um amor não-correspondido ou sobre algum parente que já partiu dessa para a melhor.

Cada personagem recorrente na história é importante para o desenvolvimento do protagonista, principalmente Herb, seu pai, que tem uma ótima relação com John e o ajuda a aceitar que agora ele tem algo que o diferencia das outras pessoas. Mesmo aparecendo um pouco menos, Sarah é extremamente importante para John, acompanhando-o até o fim, mostrando-nos que estar longe não significa que deixamos de nos importar.



A Zona Morta é mais um ótimo trabalho de King envolvendo personagens que adquirem dons extraordinários (A Incendiária é um deles, numa vasta lista. Confira a resenha aqui). Acompanhamos as vantagens, e principalmente as consequências de se ter tal dom. Afinal, se você soubesse que um louco tentaria explodir um estádio numa final de Copa do Mundo, você não impediria?

Você já leu A Zona Morta? O que achou do livro?

Nota:


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