13/08/2019

Crítica: The Boys



Disponível há apenas alguns dias na Amazon Prime Video, a até então desconhecida The Boys virou um sucesso de público e crítica, conquistando uma legião de fãs. Mas a Amazon esperava por isso, já que havia renovado a série para uma segunda temporada antes mesmo de sua estreia.

E deu certo. Banhada de temas politicamente incorretos, a série se tornou uma das mais vistas do serviço de streaming. E isso é muito bom!


A série é baseada nos quadrinhos de Garth Ennis, criador da também aclamada Preacher. No universo de The Boys, super heróis existem. Seres humanos que receberam dons divinos, e que os utilizam para salvar o mundo (sem se importar em destruir coisas / pessoas durante o processos). Há um grupo principal, os Sete. Eles são a elite, e o sonho de qualquer outro herói. Claramente uma sátira da Liga da Justiça, mostrando exatamente como seria se nossos heróis tão queridos usassem seus poderes de forma imprudente, unicamente para benefício próprio.

É assim que Hughie (Jack Quaid), nosso protagonista, acaba conhecendo Billy Bruto (Karl Urban). Hughie teve sua vida arruinada por um Super. Bruto diz conhecer os Supers melhor do que ninguém, e promete a Hughie que o jovem terá sua vingança.


De fato, Bruto parece disposto a ajudar nosso protagonista, mas sua jornada parece muito mais pessoal, c omo se ele estivesse usando a perda de Hughie como motivo para obter sua própria vingança. Eles vão enfrentar os Sete e a Vought (empresa responsável pelo agenciamento e marketing dos Supers), logo, precisam de uma equipe maior. É assim que Francês (Tomer Kapon) e Leitinho da Mãe (Laz Alonzo), antigos amigos de Billy Bruto, se juntam ao grupo.

Ao mesmo tempo em que vemos Hughie se enturmar com seus novos amigos, vemos sua transformação. Um cordeiro que se tornou lobo, disposto a qualquer coisa para obter sua vingança; paralelamente vemos a vida dos Sete atrás das cortinas, e descobrimos que, assim como nós, meros mortais, os Supers também têm uma vida, e nem sempre as coisas dão certo. Na verdade, eles são seres desprezíveis, e agem como se só estivessem sendo heróis por causa da mídia e da própria reputação. Deixo uma menção especial ao Capitão Pátria (Antony Starr), uma sátira do Superman. Pensamos que ele é o único que realmente luta pelo que é certo e não tem problemas mas, na verdade, ele só esconde melhor do que os outros.

Não há tempo para enrolação na trama, já que a série tem apenas oito episódios. Nem por isso as coisas acontecem sem motivos. Muito pelo contrário. A trama central da série é bem apresentada, assim como as tramas paralelas. Nem todos os personagens ganharam um destaque merecido ou tiveram suas histórias contadas, como Francês e Leitinho. Diferente dos quadrinhos, onde ambos possuem um ótimo background.

Mesmo sendo só uma série, The Boys tem uma filmagem impecável, com efeitos especiais que parecem produções hollywoodianas de alto orçamento. Dentro do proposto, a série entrega aquilo que promete, sem se levar a sério. Palavrão é quase o idioma nativo dos personagens, e não é raro ver alguma cena que mencione sexo. Felizmente, só parte disso foi adaptado, já que, nos quadrinhos, recebemos tanta pornografia quanto podemos. Há até mesmo um evento chamado Herogasm (é, é isso mesmo que você pensou, e você pode ler um pouco mais sobre ele aqui. A trilha sonora também não faz feio, e temos até mesmo The Runaways e Spice Girls.

Mas tantos elogios assim precisariam de grandes mentes por trás disso tudo. Então, parabéns aos realizadores dessa temporada fantástica: a dupla Seth Rogen e Evan Goldberg e ninguém menos que Erick Kripke, criador de Supernatural.


Se você ainda não assistiu The Boys, saiba que está perdendo algo incrível. Então, aproveite que ela é curtinha e faça aquela maratona marota. Garanto que você vai adorar.
Você já tinha assistido a série? Atingiu suas expectativas? Como tá o hype pra segunda temporada?

Nota:


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