17/02/2019

Crítica: The Umbrella Academy


Mais uma séria para a Netflix bater no peito e dizer: Maravilhosa, né? Eu que fiz.

The Umbrella Academy é aquele tipo de série aguardada por poucos, mas que surpreende todo mundo. A história é baseada nos quadrinhos de Gerard Way (My Chemical Romance) e do artista brasileiro Gabriel Bá. Anos atrás, um evento inexplicável aconteceu: às 12h do primeiro dia de outubro de 1989, quarenta e três mulheres ao redor do mundo pariram. Mas há um porém. No começo do dia, nenhuma daquelas mulheres estavam grávidas. É como se você comesse uma pizza, fosse ao banheiro e saísse de lá grávida, com a bolsa rompida e prestes a parir.

Richard Hargreeves, um milionário excêntrico, adota sete dessas crianças, criando a The Umbrella Academy.
Nascidas de um evento inexplicável, como essas crianças poderiam ser normais? Elas têm superpoderes! E, para tornar tudo mais fácil (fácil pra quem?), eles não são reconhecidos apenas por nomes, mas também por números:

Número Um - Luther
Número Dois - Diego
Número Três - Allison
Número Quatro - Klaus
Número Cinco
Número Seis - Ben (quando a história começa, ele já está morto)
Número Sete - Vanya

Eles foram criados por Richard para serem vigilantes e, no futuro, poderem salvar o mundo. Desses sete, apenas Vanya não tem superpoderes, de forma que ela sempre se sentiu excluída de tudo. Seu pai tem certa dose de culpa nisso, por não deixar que ela participasse de missões com seus irmãos, nem nada do tipo.

Os irmãos sempre foram muito unidos durante a infância, mas acabaram tomando rumos diferentes, e só voltaram a se encontrar após a morte misteriosa do Sr. Hargreeves. Ainda investigando o que pode ter acontecido, eles se descobrem envolvidos em algo maior do que qualquer coisa que já imaginaram.


A série é um misto de comédia e ação, com boas doses de drama. Não se trata só da morte do pai, mas do problema individual de cada um dos irmãos. Além disso, a série também foca no apocalipse e em viagens no tempo, o que deixa tudo muito mais legal! São várias subtramas envolvidas, e há espaço para o desenvolvimento de todas elas, sem que fiquem pontas soltas no caminho.

Os atores estão confortáveis em seus papeis, e a narrativa é dinâmica. Em nenhum momento ela se torna cansativa. Independente se a cena é uma troca de tiros ou algo um pouco mais dramático, sempre queremos saber o que virá a seguir. Cada personagem tem seu desenvolvimento, e é interessante ver como o passado e o presente de cada personagem interfere na vida do grupo como um todo. Aos poucos, segredos são revelados, e fica difícil saber se estamos confiando na pessoa certa ou desconfiando da pessoa errada. Até mesmo os personagens secundários são interessantes, e a maioria deles é importante para a trama, como os assassinos

A trilha sonora, mais uma vez, é um show à parte, e combina perfeitamente com a série. Com um ar de ficção científica dos anos 50, a ambientação também é impecável. Destaque para Vanya, personagem de Ellen Page, que é uma violinista. Parte do que ela toca serviu como trilha sonora para algumas cenas.


A série pode ser definida como uma ficção científica moderna envolvendo pessoas superpoderosas, viagens no tempo e o fim do mundo. E, se isso não foi o bastante para te convencer, saiba que a matriarca da família é um robô, e a babá é um chimpanzé superdesenvolvido (que rendeu ao Dr. Hargreeves um Nobel).

The Umbrella Academy é uma série única, com boas tramas e um ritmo de narração frenético. Nos entrega momentos dramáticos, mas também momentos extremamente divertidos. O último segundo do último episódio deixou um gancho gigantesco para uma possível segunda temporada. A qualidade da série deixa espaço para que outras graphic novels possam ser adaptadas da maneira correta, seja pela Netflix ou por outro estúdio.

Obs: Número Cinco é meu personagem favorito.

Nota:


4 comentários:

  1. Eu não tinha visto absolutamente nada sobre essa série antes, tudo que eu sabia é que era baseada em quadrinhos do Gerard (amo) e isso já tinha me feito pensar em assistir mais pra frente, mas depois dessa resenha eu vou ter adiantar essa maratona huehuehue

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  2. Eu assisti em 2 dias com vontade de assistir em 1.
    Amei essa série, fui cheia de expectativas por ser baseada em quadrinhos e ela superou minhas expectativas.
    Gostei da dica. Se não tivesse assistido, com certeza daria uma chance depois dessa dica.

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    Respostas
    1. Eu amei real a série. Me deixou louco para ler as graphic novels haha
      Obrigado!

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