08/01/2019

Resenha: Último Turno


Ficha Técnica:

Último Turno
Autor: Stephen King
Ano de publicação: 2016
Nº de páginas: 344

Primeira leitura do ano concluída!

Esse ano não tem meta de leitura. Só quero poder ler. Mas não poderia começar o ano com outro livro que não fosse Último Turno. Eu enrolei durante um tempo, confesso, mas acabei lendo, e só posso dizer que valeu muito a pena. Se ainda não iniciou a trilogia, confere aqui a resenha dos dois primeiros livros.

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A história se passa alguns anos após os eventos do primeiro livro, e nada mais é o mesmo. Uma onda de suicídios assombra a cidade, e eles têm envolvimento com o Massacre do City Center, o que é mais do que motivo para o detetive Hodges  se jogar de cabeça no caso. Bill Hodges, com quase 70 anos, não está muito bem de saúde, e não faz a mínima questão de ir ao médico. Bom, até as dores se intensificarem e aparecerem com mais frequência. Por sorte, ele ainda tem Holly, a mulher que desferiu o golpe certeiro na cabeça de Brady Hartsfield, o Assassino do Mercedes., que agora está internado numa clínica de traumatismo cerebral, sem a menor chance de recuperação.

Ao menos, é o que todo mundo pensava. No quarto 217, onde Brady está internado, nem tudo parece o que é. De alguma forma, Brady desperta, e está mais vivo do que nunca. Com o que possui agora, Brady está disposto a se vingar de Bill Hodges. De uma vez por todas.



A história segue o clássico gato x rato, onde ambos são a caça e o caçador. É, literalmente, uma missão suicida, e ambos, Hodges e Brady, sabem que só um dos dois sairá vivo. Mesmo assim, vão até o fim, pois precisam acabar com aquilo de uma vez por todas.

No terceiro e último livro da trilogia, King não deixa o pé escorregar, e mantém a qualidade dos livros anteriores. Porém, nesse aqui, ele adiciona a pitada sobrenatural pela qual é conhecido. Isso não é um peso na história, muito pelo contrário. Os próprios protagonistas duvidam que tudo seja real, mas não conseguem simplesmente ignorar os fatos

Ah, os protagonistas. Bill Hodges e Holly estão mais unidos do que nunca. Com uma idade bem avançada e uma vida nem tão boa assim, Bill só tem Holly, que desempenha um ótimo papel na história. Não só como parceira de investigação, mas como amiga. A amizade dos dois é uma das coisas mais belas do livro. Mesmo com todas suas limitações, Hodges mantém-se firme até o fim, e mostra porque foi um detetive tão bom. Brady está de volta, e não faz feio. Ele veio para mostrar por que é o principal vilão da trilogia, e como uma simples conversa com ele pode ser o bastante para ferrar com a mente de qualquer um.



Stephen King mostra novamente seu poder fantástico de narração. Capítulos curtos, intercalando entre vários acontecimentos, o que nos deixa cada vez mais ansiosos para saber o que vai acontecer em cada um deles. As páginas viram sem você perceber e, quando nota, passou a noite toda lendo. Último Turno é um final digno para a trilogia, o que não significa que seja totalmente um final feliz. Se você chegou até aqui, saiba que o fim da trilogia vai deixar um gigantesco buraco em seu coração.

Mesmo envolvendo o sobrenatural (por mais que seja só no último livro), a trilogia Bill Hodges nos mostra que os verdadeiros monstros somos nós, os humanos. Se você é fã de Stephen King, precisa ler essa trilogia. Se nunca leu nada do autor (SÉRIO?) e pensa em começar, a trilogia Bill Hodges é um ótimo início.

Nota:




2 comentários:

  1. Ainda não conseguir iniciar a leitura desse livro. Mas está na minha lista de desejados e espero iniciar a leitura em breve <3

    Sai da Minha Lente

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