19/05/2017

[Crítica] Anne With An "E"

Hey, gente. Tudo bem? Sou eu, Bruna Severo, e dessa vez não como uma colaboradora honoraria, e sim como colaboradora oficial. isso mesmo, terão que me aguentar muito ainda haha.
Baseado em um livro infantil escrito em 1908 por L.M Montgomery (Anne de Green Gables), a nova série original da Netflix, Anne With An "E", estreou na sexta-feira passada e já ganhou meu coração.

Elenco: Amybeth McNulty, R.H Thomson, Geraldine James, Dalila Bela, Lucas Jade Zumann, Corrine Koslo, Aymeric Jett Montaz, Christian Martyn, Helen Johns e Kyla Matthews.
Roteiro: Moira Walley-Beckett.
Direção:  Niki Caro.



Após constatar que estava velho demais para cuidar de uma fazenda sozinho, Matthew Cuthbert decide adotar um garoto. Sua irmã, que vivia com ele, não é tão a favor da ideia, porém, sabe que uma ajuda a seu irmão não faria mal. no entanto, há uma pequena confusão, e quando o Sr. Cuthbert vai buscar o garoto que a Sra. Spencer teria escolhido, o que ele encontra o deixa surpreso. Uma garotinha ruiva estava no lugar do garoto. Sem saber o que fazer, decidiu o mais obvio, não poderia deixar a pobre garota ali sozinha na estação de trem.
Como Green Gables ficavam a alguns quilômetros da estação, demorariam algumas horas para finalmente chegarem na fazenda, e é nesse momento que temos a chance de conhecer melhor nossa pequena protagonista.
Anne Shirley é uma garota de apenas 13 anos, que passou por coisas que crianças de sua idade não deveriam nem sonhar que existem. Ela perdeu os pais ainda bebê, e desde sempre lutou para sobreviver. Vivendo com famílias que as adotava com a intenção de a ter como criada. Ela viveu por muito tempo com uma enorme família, onde tinha que cuidar das crianças e fazer o que o Sr. e a Sra. Hammond mandavam. Eles a agrediam fisicamente e verbalmente, e logo percebemos que as lembranças do tempo vivido com essa família afetaram muito Anne, a garota sempre tende a esquecer tudo a sua volta quando qualquer coisa lhe traz essas memórias. No entanto, nenhum dos acontecimentos tristes tiveram grande influência sobre a extravagante personalidade de Anne.

Apaixonada por livros, ela conhece as palavras mais do que ninguém, curiosa sobre tudo, divertida, e inteligente (apesar de quase não ter frequentado a escola), seu jeito contagiante já deixa claro que essa garota vai mudar a vida de Marilla e Matthew. 
Ao finamente chegar em Green Gables, Anne é recebida com a súbita consciência de que não é bem vinda ali por ser uma menina e “não ter ultilidade” para os trabalhos braçais que uma fazenda exige. O que deixa a garota muito abalada, afinal, está sendo rejeitada mais uma vez. 
No dia seguinte Marilla leva Anne até a Sra. Spencer para que o mal entendido seja resolvido e Anne seja entregue novamente ao orfanato. Quando a Sra Spencer revela que não é preciso mandar Anne de volta, pois uma mulher com muitos filhos estava querendo recorrer a adoção para que pudesse ter ajuda, Marilla teve receio e afirmou não ter se decidido sobre o futuro da garota ainda.
Isso significava uma coisa: Anne teria uma semana para provar que merecia ficar em Green Gables, e assim, quem sabe, pertencer a uma família.    


                    

A história é ambientada no ano de 1908, e a produção soube implementar os objetos, as casas, as roupas e até as maneiras da época muito bem. Há uma certa harmonia em ver como tudo realmente pertence ali. Se você já leu Pollyana, vai se lembrar dela ao assistir a história de Anne, uma das características mais forte que ambas têm em comum é o fato de serem garotinhas que sofreram com a perda muito cedo e mesmo assim enxergam a vida de uma forma inspiradora e transformam o ambiente em que vivem. Mas sinto que Anne With An "E" é um tanto mais complexo. 
Um dos pontos fortes da série é justamente o feminismo, as ideias de Anne são muito contrárias as da época: ela não se imagina casada, ela acredita que mulheres podem fazer trabalhos tão bons quanto os homens... Ao longo dos episódios a garota vai demonstrando cada vez mais seu gênio forte, e amadurecendo. Outra característica do movimento feminista são as próprias mães das meninas que frequentam a escola de Anne, que se reúnem para falar do futuro e de como suas filhas merecem terem melhores profissões. 
Apesar de poucos episódios, a série cumpre bem o propósito, trazendo temas de uma certa forma leve, mas que nos apontam todos os pesos que os personagens precisam aguentar. 
As atuações estão incríveis, Amybeth McNulty interpretou de forma esplêndida (Tá aí uma palavra bonita que nossa Anne gostaria), indo de criança feliz a traumatizada, de relaxada a desesperada, de um jeito que fez parecer ser fácil. Outro personagem encantador é Matthew Cuthbert (R.H Thomson), embora não seja muito de falar, o amor que o homem criou por Anne foi uma coisa linda de se ver, e o comprometimento com a irmã. (Mas o que mais amei nele é o quão fofo ele é, sério. <3) 
A trilha sonora também está incrível, como tudo na série. 
Assisti a série em único dia, já que tem apenas 7 episódios, e a história flui muito bem, você devora a série de uma vez só tranquilamente. 
A série deixa um gostinho de quero mais, e, apesar de ter acabado de estrear, o final da série deixa claro que haverá uma continuação, então basta apenas esperarmos (ansiosamente) a Netflix se pronunciar com alguma novidade (Por favor, Netflix).
Quanto ao livro, estou livre de fazer comparações, pois não li. Mas é claro que depois dessa série eu com certeza vou adiciona-lo na minha Wishlist! E vocês, o que acharam? 


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