26/03/2017

[Resenha] Infinity Drake - Os Filhos da Scarlatti

Comprar o livro pela capa. Quem nunca?
Confesso, nunca nem ao menos tinha ouvido falar desse livro, mas me apaixonei assim que o vi na estante. Capa linda, diagramação linda, páginas com desenhos. Como não amar? Mas há mais uma coisa. Não é apenas beleza. O livro também traz uma história incrível, a qual compartilharei com vocês. Há alguns spoilers, mas nada que interfira diretamente no curso da história. Mesmo assim, estejam avisados.
Infinity Drake - Os Filhos da Scarlatti foi publicado pelo selo #irado da Novo Conceito, e conta-nos a história de Infinity Drake - Finn. Finn é um garoto - quase adolescente, segundo ele - que tem uma vida supostamente normal. Mora com sua avó, Violet Allenby, e Yo-Yo, seu vira-lata que pulava mais do que o normal.

Finn é sobrinho de Al (Alan) Allenby, um renomado cientista, que ainda tem a boa e velha alma de criança. Sua avó vai viajar, e Al ficará responsável por Finn durante alguns dias. Entretanto, secretamente, Al trabalha para o governo, ou uma espécie de clube comandado por alguns dos mais importantes governantes do mundo.
Todo país tem um passado sombrio, e é bem possível que todos eles já tenham se envolvido com armas biológicas. Há alguns anos, acidentalmente, a Scarlatti, uma vespa geneticamente modificada, ganhou vida. Ela é do tamanho de um dedo humano, mas se reproduz rapidamente, de forma que seria possível acabar com 90% da população mundial em seis meses. É, isso mesmo. Um bichinho do tamanho de um dedo pode se reproduzir e praticamente eliminar a raça humana.
Propositalmente, uma Scarlatti é liberada na atmosfera. Comandante King, o chefe de Al e quase um deus para os governantes mundiais, tem uma missão: recuperar a Scarlatti, ou destruí-la. É aí que surge uma ideia brilhante. Jogar outra Scarlatti na atmosfera, de forma que uma pudesse encontrar a outra. Um pequeno - literalmente - grupo de militares é selecionado. A missão é encontrar a Scarlatti e enviar a localização para King.
Deveria ser uma missão simples, se ela não fosse sabotada pelo vilão por trás de tudo.
Alerta de spoiler (nem tão spoiler assim. A capa do livro sugere o que acontecerá)
Al sugere que o grupo militar seja encolhido. É, isso mesmo. Dessa forma, ficaria mais fácil de encontrar as duas Scarlattis e impedir que elas se reproduzissem. Propositalmente, o tão vilão, que não está sozinho na história, faz com que Finn seja incluído na experiência. Ou seja, nosso querido Finn também é encolhido (como sugere a frase 9 milímetros.. Um herói a cada polegada impressa na capa da obra) e, se o livro já estava bom, ele fica ainda melhor.
John McNally descreveu tudo muito bem. O grupo de heróis foi reduzido ao tamanho de uma unha, ou seja, qualquer coisa no mundo, até mesmo uma tampinha de garrafa, tornava-se perigosa, e John soube usar isso com prazer. Coisas comuns tornaram-se extremamente perigosas para nossos heróis, até mesmo gotas de chuva, e foi uma experiência interessante ver isso pelos olhos do autor.
Eu definiria o livro como uma mistura dos livros de Dan Brown e Percy Jackson. É, parece estranho, eu sei, mas vou explicar minha colocação. Ele tem aquele tom frenético das aventuras de Robert Langdon, ainda mais por envolver governos, missões ultrassecretas e vilões tentando destruir o mundo, mas também tem aquele tom mais molecão e divertido que Rick Riordan construiu ao longo da saga Percy Jackson e os Olimpianos. Afinal, Finn é apenas um garoto de doze anos viciado em física e ciência, mas igualmente viciado em jogos. Espere por muitas referências.


O enredo foi bem desenvolvido. Aos poucos, Finn se acostuma com o modo de agir dos militares, e revela-se um ótimo aliado na busca para impedir uma catástrofe global. Os militares possuem experiência em sobrevivência e estratégia, enquanto nosso garoto, como mencionado, é sobrinho de cientista e igualmente viciado nesse tipo de coisa. Quando você tem nove milímetros de altura, conhecimentos em física são tão úteis quanto um guarda-chuva num dia chuvoso. A história alterna entre a luta de nossos mini heróis e a corrida contra o tempo de Al e Comandante King, para impedir que o tal vilão da história cause uma destruição ainda maior. Ele não é um vilão qualquer. Ele é inteligente, frio, calculista e provavelmente o primeiro TRILIONÁRIO do mundo, ou seja, ele pode comprar qualquer equipamento necessário e contratar quem for necessário para ver seu plano funcionando.
Para quem gosta de livros envolvendo aventura e mistério, Infinity Drake é uma ótima pedida. É do tipo de livro que você lê em dois dias, ou até mesmo um, mesmo o livro possuindo 475 páginas.

Nota:
A continuação, intitulada Infinity Drake - The Forbidden City (Infinity Drake - A Cidade Proibida, em tradução literal) foi publicado em 4 de junho de 2015 e Infinity Drake 3, último livro da trilogia, tem previsão de lançamento para 13 de julho. NOVO CONCEITO, FAÇA ISSO ACONTECER.



Conheça o site da trilogia.


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